O que é a Biomimética na Odontologia?
Biomimética é uma área da ciência que estuda as estruturas biológicas e suas funções, buscando aprender com a Natureza, as suas estratégias e soluções, para utilizar esse conhecimento em diferentes domínios da ciência. Ela estuda os biomateriais, composição, comportamentos mecânicos e estrutura natural, para buscar substitutos melhores para a estrutura perdida, o que garante resultados mais seguros e eficientes nos procedimentos.
O seu nome, origina-se do termo “biomimético”, derivado da língua grega, uma vez que “bios” significa “vida” e “mimetikos” significa “imitativo”. Por trás dessa etimologia, se estabelecem os princípios e os conceitos relacionados a preservação da estrutura natural dental, como a redução de estresse e protocolos de maximização de ligação, utilizando dentre eles, sistemas adesivos modernos, mantendo a característica e a completude dos tecidos dentais. Tem a finalidade de devolver ao dente sua estética, resistência e função.
A História
O estudo da biomimética em odontologia tem suas raízes na década de 1980, quando os dentistas e cientistas começaram a explorar maneiras de replicar a estrutura e as funções naturais dos tecidos dentais para tratar as lesões.
Um dos precursores da biomimética na odontologia foi o Dr. Paul E. Palacci, um dentista francês sendo um dos primeiros a explorar a ideia de imitar a estrutura natural dos dentes ao restaurar lesões. Ele desenvolveu uma técnica de restauração de camada fina que utiliza materiais de restauração dentária que imitam a cor, a textura e a transparência natural dos tecidos dentais.
Desde então, o estudo da biomimética na odontologia tem se expandido e evoluído. Atualmente, é amplamente utilizada na prática clínica, muitos pacientes têm se beneficiado de seus tratamentos com resultados positivos.
Fundamentos
Com o propósito de sintetizar artefatos semelhantes que imitem o natural por mecanismos artificiais, a biomimética tem como base analisar a formação, estrutura ou função de substâncias e materiais produzidos biologicamente.
O princípio básico da biomimética é restaurar todas as funções dos tecidos dentários preparados através da combinação de tecidos duros, de forma que a tensão funcional faça com que toda a coroa dentária tenha os resultados finais da função biológica e estética (PANAGHIOTIS BAZOS, 2011).
Além de simplesmente colocar uma coroa ou ponte sobre um dente danificado, a biomimética restaura a estrutura e a função dos dentes de maneira mais natural e conservadora, prolongando a vida útil dos dentes restaurados.
A perspectiva em relação à conduta restauradora avança frequentemente, evoluindo da retenção mecânica para a adesão avançada. Essa mudança deve-se à evolução nos materiais adesivos e, mais importante, pela disseminação mundial da ciência e técnicas de adesão avançada, denominada como odontologia biomimética. (MAGNE; BELSER, 2002).
Consequentemente, preservar o dente intacto é essencial para essa conduta, que corresponde impecavelmente com a adesão. Parecido com o dente natural, um dente restaurado com adesivo é mais apto de lidar e gerenciar tensões funcionais. Assim, o dente biomimeticamente restaurado elimina falhas em restaurações e trincas em dentina que se desenvolvem com o resultado das alterações e concentrações de estresse, eliminando ou contendo a dor e a sensibilidade pós-operatórias e conservando a vitalidade, já que as bactérias não são capazes de invadir e matar a polpa.
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